domingo, 31 de maio de 2015

Taques revela convites do PSDB e PSB; destino será definido em julho

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Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a regra de fidelidade partidária não vale aos detentores de cargos majoritários, o governador Pedro Taques (PDT) admitiu que tem mantido diálogo com a cúpula nacional do PSDB e PSB para avaliar a possibilidade de mudança de partido.
A decisão da Suprema Corte foi dada na quarta-feira (30), e gerou reviravolta no meio político. Por unanimidade, ministros entenderam que tirar mandato de senadores, prefeitos, governadores e o presidente da República por conta de mudança de partido viola a soberania do eleitor.
Nos poucos dias que se passaram, Taques revelou convites para ingressar no PSDB feito pelos senadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) bem como de lideranças do PSB como os governadores Paulo Câmara (PE) e Rodrigo Rollemberg (DF).
Porém, adota cautela e prefere não dar como certa a saída do partido, pois condiciona a decisão a vontade do seu grupo político. “Eu concordo com a decisão do STF e considero a mais correta. Agora, as portas se abrem. Sou a favor da liberdade e defensor da Constituição e até o final de junho vou escolher o meu destino”. 
Nos bastidores, ainda é sabido a boa relação de Taques com a ex-ministra do Meio Ambiente e candidata derrotada a Presidência da República, Marina Silva. Ela ainda articula a fundação da Rede Sustentabilidade e deseja atrair senadores e governadores para a legenda.
O partido tem como plano central defender a bandeira do desenvolvimento econômico conciliado com a sustentabilidade ambiental e assim inserir o Brasil como uma referência nesta modalidade. 
Porém, como o futuro da legenda ainda é incerto e a legenda não deve surgir tão fortalecida com representatividade expressa no Senado e Câmara dos Deputados, Taques tem sido orientado a ver com bastante prudência o plano da Rede Sustentabilidade.
Questionado se teria algum desconforto em ver partidos da base aliada disputar sua filiação como PSDB e PSB, Taques não acredita que seja um fator negativo.
“Nós apoiamos o PSB em Cuiabá na eleição do Mauro Mendes, o PPS com o Percival Muniz em Rondonópolis e sempre mantemos uma boa relação com o PSDB. É natural um partido fazer convite a um agente político. Não há clima de rivalidade”, disse.
O PSB e o PPS discutem nacionalmente um plano de fusão que serviria para alimentar um projeto de terceira via da eleição presidencial de 2018, plano este que estava em fase de consolidação pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que veio a falecer durante a campanha presidencial de 2014 em um acidente aéreo em Santos (SP).

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